Carga solta e sobrepeso: quais são os riscos e como identificar
A segurança no transporte rodoviário é um tema importante quando falamos sobre a logística do frete. Nesse contexto, dois fatores que frequentemente a comprometem são a carga solta e o sobrepeso. Ambos, portanto, representam sérios riscos, tanto para quem transporta quanto para a infraestrutura e o meio ambiente.
Diante disso, vamos explorar os perigos decorrentes de caminhões mal carregados, abordando desde os impactos na estabilidade do veículo até as penalidades previstas na legislação. Além disso, vamos apresentar dicas práticas para identificar veículos em situação irregular e, consequentemente, trazer soluções para um transporte mais seguro e eficiente. Afinal, a prevenção continua sendo o melhor caminho.
O perigo das cargas mal distribuídas no transporte rodoviário
A distribuição inadequada da carga é um problema que afeta diretamente a segurança nas estradas. Quando a carga não está devidamente equilibrada dentro do veículo, o centro de gravidade é alterado, o que compromete a estabilidade do caminhão. Como resultado, essa situação se agrava em curvas, frenagens e desvios, aumentando significativamente o risco de tombamentos e acidentes.
Além disso, a má distribuição da carga pode sobrecarregar determinados eixos do veículo, excedendo os limites permitidos por lei. Por consequência, essa sobrecarga causa danos progressivos à infraestrutura rodoviária, como deformações no asfalto e fadiga em pontes e viadutos. A longo prazo, esses danos exigem investimentos elevados em manutenção e reparo, o que acaba onerando o poder público e prejudicando a qualidade das estradas para todos os usuários.
Portanto, para evitar esses problemas, é fundamental que os transportadores adotem práticas de carregamento adequadas, distribuindo o peso de forma uniforme e utilizando dispositivos de fixação, como cintas e correntes, para garantir que a carga permaneça estável durante todo o trajeto.
Como a sobrecarga afeta a estabilidade e o desempenho do caminhão
O excesso de peso é, sem dúvida, um dos principais vilões da segurança no transporte rodoviário. Quando um caminhão trafega com sobrecarga, diversos componentes do veículo são submetidos a um estresse muito acima do projetado, o que compromete sua durabilidade e desempenho.
Entre os efeitos mais perigosos da sobrecarga, destaca-se a redução da capacidade de frenagem. Um caminhão com excesso de peso necessita de uma distância muito maior para parar completamente, o que, por sua vez, aumenta drasticamente o risco de colisões, especialmente em situações de emergência. Consequentemente, a sobrecarga também afeta a dirigibilidade do veículo, tornando-o mais difícil de controlar em curvas e desvios.
Além disso, outro problema associado à sobrecarga é o aumento do consumo de combustível e da emissão de poluentes.
Para movimentar um veículo mais pesado, o motor precisa trabalhar com mais intensidade, consumindo mais combustível e liberando uma quantidade maior de gases nocivos na atmosfera. Por fim, essa situação contribui para o agravamento da poluição do ar e dos problemas ambientais, além de elevar significativamente os custos da operação.
Riscos associados à carga solta e ao sobrepeso
A combinação potencializa os riscos no transporte rodoviário. Quando a carga não está devidamente fixada e o veículo está acima do peso permitido, a segurança é drasticamente comprometida.
Risco de acidentes
A instabilidade causada pela carga solta e sobrepeso aumenta significativamente o risco de acidentes.
A dificuldade em controlar o veículo, a redução da capacidade de frenagem e a maior probabilidade de tombamentos são fatores que contribuem para um cenário perigoso nas estradas.
Danos à mercadoria
A carga solta e sobrepeso pode danificar os produtos transportados, gerando prejuízos financeiros para os transportadores e seus clientes.
Embalagens frágeis podem ser esmagadas ou amassadas, produtos sensíveis podem ser danificados por impactos e vibrações, e cargas mal acondicionadas podem se deslocar e cair durante o trajeto.
A prática de “carga batida”, onde os produtos são colocados no interior do veículo sem embalagem ou organização adequada, aumenta ainda mais esses riscos.
Danos ao veículo e à infraestrutura
O excesso de peso submete os componentes do veículo a um estresse excessivo, reduzindo sua vida útil e aumentando os custos de manutenção.
Pneus, suspensão, freios e motor são especialmente afetados pela sobrecarga. Além disso, caminhões com excesso de peso causam danos significativos à infraestrutura rodoviária, como deformações no asfalto, fadiga em pontes e viadutos.
Risco ambiental
Além dos riscos operacionais, a carga solta e o sobrepeso também contribuem para o aumento da emissão de poluentes e o agravamento dos problemas ambientais.
Isso porque veículos sobrecarregados consomem mais combustível, liberando, assim, uma quantidade maior de gases nocivos na atmosfera. Ademais, vale ressaltar que, em caso de acidentes, a carga derramada pode contaminar o solo, a água e o ar, causando, portanto, danos irreparáveis ao meio ambiente.
Regulamentação e penalidades para cargas acima do peso permitido
No Brasil, o trânsito de caminhões com excesso de peso é regulamentado pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O artigo 231, inciso V, estabelece que conduzir veículo com excesso de peso, admitido percentual de tolerância, constitui infração média, sujeita a multa e retenção do veículo para transbordo da carga excedente.
A penalidade inclui multa acrescida a cada 200 kg ou fração de excesso de peso apurado. Os valores variam conforme o montante excedente, conforme tabela estabelecida pelo CTB.
O Art. 6º da Resolução CONTRAN nº 803/2020 define as tolerâncias permitidas:
- 5% sobre o Peso Bruto Total (PBT) e Peso Bruto Total Combinado (PBTC);
- 10% sobre o peso por eixo.
É importante destacar que essas tolerâncias são aplicadas para compensar possíveis imprecisões nos equipamentos de pesagem e não devem ser consideradas como margem adicional de carga.
Ultrapassar esses limites pode resultar em penalidades mais severas, incluindo multas adicionais e medidas administrativas.
Como identificar caminhões mal carregados
Identificar caminhões mal carregados é fundamental para alertar as autoridades e prevenir acidentes. Alguns sinais podem indicar que um veículo está com carga solta e sobrepeso:
Inclinação ou assimetria
Observe se o veículo está inclinado para um lado ou se a carroceria está visivelmente assimétrica.
Essa inclinação pode indicar uma má distribuição da carga ou um excesso de peso em um dos lados do veículo.
Suspensão e pneus deformados
Verifique se a suspensão do veículo está muito baixa ou se os pneus estão excessivamente deformados.
Esses sinais podem indicar que o veículo está acima do peso permitido.
Movimentação da carga no veículo
Preste atenção a ruídos ou movimentos anormais da carga dentro do veículo.
Esses sinais podem indicar que a carga não está devidamente fixada e pode se deslocar durante o trajeto, comprometendo a estabilidade do veículo.
Boas práticas para evitar riscos no transporte rodoviário de cargas
Para evitar os riscos associados à carga solta e ao sobrepeso, é fundamental que os transportadores adotem boas práticas em todas as etapas do processo, desde o planejamento do carregamento até a execução do transporte.
Em primeiro lugar, invista em treinamento e capacitação dos motoristas e demais profissionais envolvidos no transporte de cargas. É importante que eles conheçam a legislação, as normas de segurança e as técnicas de carregamento adequadas.
Além disso, realize inspeções regulares nos veículos para verificar as condições dos pneus, freios, suspensão e demais componentes. A manutenção preventiva é essencial para garantir a segurança e evitar acidentes.
Outra medida importante é utilizar dispositivos de fixação, como cintas, correntes e redes, para garantir que a carga permaneça estável durante todo o trajeto.
Da mesma forma, distribua o peso da carga de forma uniforme dentro do veículo, evitando sobrecarregar determinados eixos. Também é recomendável planejar rotas seguras e evitar estradas em más condições ou com restrições de peso.
Por fim, monitore o peso da carga em tempo real, utilizando balanças e sistemas de pesagem embarcados.
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